ENSINO ENATIVO

Autores

  • Erika Neres Markuart
  • Póti Quartiero Gavillon

Palavras-chave:

Enação, Ensino, Aula, Protagonismo

Resumo

Propomos utilizar uma abordagem enativa da aprendizagem para pensar o ensino. A enação considera que sujeito e mundo ambos emergem da experiência. Na enação a aprendizagem se dá através do acoplamento entre sujeito e mundo, que é uma coprodução alcançada através de interações recorrentes que se estabilizam. A partir dessa concepção de aprendizagem, propomos pensar formas enativas de ensino considerando tanto a formação de professoras quanto a ação em sala de aula. Na enação, devemos pensar na emergência de diferentes micromundos em que cada estudante aprende a participar de um domínio comum a partir de seus aprendizados e hábitos anteriores. Assim é necessário ter atenção para aquilo que se quer compartilhar (uma lógica que já existe no mundo, em um domínio estabelecido), mas também há espaços para diferentes formas de se relacionar com este domínio. Apontamos que é importante considerar o conhecimento prévio tanto das professoras em formação quanto dos estudantes pois cada pessoa aprende a partir de um percurso diferente, dependendo de seus históricos de acoplamentos. O aprendizado sobre ensinar exige momentos de reflexão sobre a prática a partir da teoria escolhida para ensinar, não apenas aprender um conjunto de regras de ação como suposta didática. Ensinar sempre envolve uma reflexão sobre as próprias ações e também um monitoramento delas momento a momento durante o ensino. É necessário ter abertura ao novo, a possibilidades diferentes, interrompendo padrões de pensamento habituais e preconcepções. Propomos que as atividades em sala de aula produzam o protagonismo dos estudantes, propiciando que os estudantes possam aprender uns com os outros. Nossa proposta é pensar uma aula aberta às diferenças, tendo no seu horizonte a possibilidade de aprender de maneiras particulares.

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Publicado

2019-09-10

Como Citar

Markuart, E. N., & Gavillon, P. Q. (2019). ENSINO ENATIVO. Revista Fronteiras Em Psicologia, 2(1), 67–79. Recuperado de https://fronteirasempsicologia.com.br/fp/article/view/52